Os primeiros dias!


Alice nasceu em uma maternidade pública, clica aqui para conferir o relato do parto na íntegra e como tive um parto normal e a Alice nasceu com apgar 9,10 precisamos ficar de observação somente 48 horas. Sempre me diziam que depois do parto a mãe apaga, não sei se foi  porque a maioria das pessoas que disseram isso tinham feito cesárea e dormir é o efeito da anestesia mas depois de viver todo aquele momento que o tempo parou pra eu viver aquela emoção de receber a minha primeira filha e a dor das contrações terem passado, eu estava incrivelmente disposta, feliz e sem nenhum tipo de dor. Mesmo com a episiotomia eu ainda não sentia nada porque o efeito da anestesia local estava em ação (depois né, porque até ela nascer não tinha feito efeito, senti a picada da agulha o corte e o nascimento inteiro!).

Lembro de passar pela recepção e ver aquelas pessoas aguardando atendimento e lembrar que dias atras era eu me emocionando de ver as mãezinhas passarem por ali com seus bebês e eu sentir uma invejinha do bem esperando aquele meu momento chegar também,nunca vou esquecer de olhar para a tv da recepção e estar passando The Voice Brasil na segunda temporada e eu ter pensado que estava perdendo o programa por um ótimo motivo. Fomos para o quarto e essa primeira noite de nós três foi intensa demais, ficamos olhando detalhe por detalhe e conhecendo nossa pequena, conversamos sobre ter sido diferente do que imaginávamos de lembrar que a Alice começou nós ensinar que ninguém nunca dirá algo que seja verídico na vida do seu filho porque cada um é um, e assim que deitei na cama do quarto e repousei ela em cima do meu corpo ela levantou o pescoço parecendo uma tartaruguinha e nos deixando impressionados (ué, não disseram que recém nascido não mexe? ALICE é DIFERENTE).


Eu tentei colocar ela no bercinho pra dormir um pouco, mas não tinha um pingo de sono e não conseguia fechar os olhos pra dormir sabendo que a criança que eu passei 9 meses louca pra ver estava ali na minha frente, sem contar naquele medo que a gentes sente de sei lá, tipo tudo! Aquele medo que antes de nascer era de se eu for uma das poucas grávidas que vou ter que passar pelo sofrimento de não ter meu bebê nos braços, assim como isso me assombrava antes, durante o primeiro mês da Alice o raio do medo de mal súbito e de acontecer algo enquanto estou dormindo me assombrou e não me deixou descansar.



O dia amanheceu e o Gui foi pra casa pra tomar banho e dormir um pouco, e chegou minha mãe e a mãe dele pra conhecer a Alice, confesso que o sentimento que a gente sente nessa hora, quando alguém quer pegar o seu bebê é um pouco como no reino animal onde a fêmea fica com muito ciúme da cria, elas queriam pegar, trocar, abraçar e toda aquela coisa de vó mas meu leite demorou pra descer e eu não conseguia tirar o colostro, a Alice era o único bebê que berrava de fome, as demais mães do meu quarto já estavam no segundo filho e foi mais fácil do leite descer pra elas. Eu não conseguia fazer a pega e a minha sogra tentava me ensinar como fazer, mas isso foi me dando muita irritação e um sentimento de incapacidade, a única coisa que a gente quer nessa hora é ser suficiente pro seu filho, pedi pra minha mãe mandar pra alguém na próxima visita levar a minha bombinha pra forçar meu bico e isso sim ajudou muito a descer o leite.



 Naquele dia o Gui voltou e passou a tarde comigo, troquei a Alice pela primeira vez descobrindo que quando o bebê nasce e precisa da gente a gente sabe o que fazer, (mesmo que sem prática ou muita habilidade, a gente sabe!), no final da noite recebemos a visita da bisavó Lourdes que ficou encantada com a nossa pequeruchinha.










Infelizmente nossa situação financeira não estava tão legal pro Gui se dar o luxo de ficar com a gente e ele precisou trabalhar no sábado (alice nasceu na quinta, ele ficou com a gente na sexta e foi no sabádo), então no finalzinho da noite a dinda da Alice chegou pra dormir (?) comigo, sou muito grata por mesmo ela estar tão cansada de ter trabalhado ela foi ficar comigo. Passamos mais uma noite em claro, mas por uns 15 minutos eu cochilei, e acordei super culpada de ter fechado o olho e a Alice ali no bercinho.



Durante o sábado minha cunhada Letícia e a minha sobrinha Rafa foram nos visitar, e ali as coisas estavam melhores, eu já estava mais tranquila com a amamentação mesmo que ainda fosse difícil acontecia...





Minha mãe também foi e deu banho na Alice porque eu tinha medo de não saber fazer e queria assistir pra aprender.





Agradeço também muitíssimo ela de ter ficado pelo menos umas 14 horas comigo naquele dia, e só saiu comigo na hora da minha alta, recebi a alta exatamente na hora que ela nasceu porque precisava fazer o exame do pezinho nesse horário e ir embora, assinamos os papéis e fomos embora.



Ainda na porta da maternidade me dei conta de que agora ia ser a vida real, e eu não ia ter as enfermeiras pra perguntar, mas pedia Deus que nos ajudasse e assim foi, no carro pedi pro Guilherme ir com cuidado porque meus pontos doíam muito (vou falar depois com calma o que foi a minha episiotomia e como tudo aconteceu!), Chegamos na casa do meus pais e apresentamos Alice pros dois avôs que estavam nos esperando, a bisa Lindaura conheceu Alice também nesse dia.
Logo subimos para nossa casa, depois que todos foram embora eu e o Gui fomos em comodo por comodo apresentando a nossa casa pra Alice, nunca vou esquecer da minha emoção de mostrar pra ela tudo o que eu tinha preparado para quando ela chegasse, e por mais que ela não entendesse, era importante e especial pra mim, e com esse espaço ela vai ler tudo isso um dia!
Consegui dormir um pouco mas acordava em qualquer mexidinha dela no carrinho. E o dia seguinte começou bem cedo, mas isso eu conto no próximo post.



Beijos ♥


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